domingo, 11 de janeiro de 2009

Indiferente, Despreocupado

Não me quero chatear. Nem sequer preocupar. A verdade é que quero relaxar. Respirar. E perguntar: o que se passa? Não estou com medo. Não porque sou corajoso, mas apenas porque não preciso de recear o futuro. As coisas têm uma maneira de se arranjarem. Ao longo da minha vida, por várias alturas me levantei e descobri o caminho mais certo a seguir. Não acredito que as coisas se resolvam porque o tempo passa. O tempo passa, é inevitável. Mas o tempo não cura nada. O tempo não te permite ser mais livre, independente e feliz. E por falar nisso, deixo tempo passar. Ponho as mãos na consciência e ajo. O tempo é me indiferente. Eu sou o dono do meu destino. Das minhas acções. Dos meus desejos e vontades.
Não estou obcecado por nada. Não estou preocupado com nada, neste momento. Chamem-me insensível, pouco consciente e um tolo citadino. Mas a verdade é que não me vou preocupar com clichés da sociedade. Comover com imagens tocantes. E contribuir com um milésimo da minha riqueza. Não me vou justificar. Pratico o bem à minha maneira, obrigado. Sou como sou e não me chateio. Não me chateio comigo, pois sou competente e capaz, naquilo que tenho de ser. Chateio-me com os outros, pois não representam um décimo daquilo que são capazes; e nunca serão tudo aquilo que poderiam ser. Entristece-me, pois sinto-me vazio. Incompreendido. Insistente. Idiota. Ridículo e só.
Não penso com um enorme sim à minha frente. Não faço tudo como se hoje fosse o meu último dia vivo. Não. Mas sou tudo aquilo que quero ser. Tudo. Gostava apenas, que aqueles que me rodeiam, possam acompanhar o meu passo. E com isto, não digo que sou o exemplo perfeito. O homem mais livre. O indivíduo libertino da classe média, do novo milénio em que vivo. Não. Apenas sou eu próprio. E estou feliz assim. Que remédio, que solução, que mais pura desilusão. Que hei-de fazer? Que confiem em mim. Que oiçam o que digo. Que me sigam, pois navego por bons mares. Pois sou o comandante do meu corpo e alma. Dono do meu ser e vontade. Não minto ou sinto que vou por lugares traiçoeiros. Apenas quero ser ouvido. Escutado. Entendido e interpretado. Interpretem-me. Leiam o que escrevo e divulguem quem sou. Quero ser ouvido, apreendido e estudado.
Pode ser me oiçam e façam como eu.

11.01.09

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